ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEXTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA NONA LEGISLATURA, EM 28.09.1988.

 


Aos vinte e oito dias do mês de setembro do ano de mil novecentos e oitenta e oito reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Centésima Décima Primeira Sessão Ordinária da Sexta Sessão Legislativa Ordinária da Nona Legislatura. Às quatorze horas e quinze minutos foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Aranha Filho, Artur Zanella, Bernadete Vidal, Brochado da Rocha, Caio Lustosa, Cleom Guatimozim, Clóvis Brum, Elói Guimarães, Ennio Terra, Flávio Coulon, Frederico Barbosa, Gladis Mantelli, Hermes Dutra, Ignácio Neis, Jorge Goularte, Jussara Cony, Luiz Braz, Mano José, Nereu D’Ávila, Nilton Comin, Paulo Sant’Ana, Rafael Santos, Raul Casa, Terezinha Irigaray, Valdir Fraga, Werner Becker e Wilton Araújo. Constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e solicitou ao Ver. Jorge Goularte que procedesse à leitura de trecho da Bíblia. A seguir, o Sr. Secretário procedeu à leitura da Ata Declaratória da Centésima Décima Sessão Ordinária e das Atas da Centésima Nona Sessão Ordinária, da Vigésima Sétima Sessão Extraordinária e da Quadragésima Nona Sessão Solene, que foram aprovadas. À MESA, foram encaminhados: pelo Ver. Antonio Hohlfeldt, 01 Pedido de Providências, solicitando recuperação de esgoto cloacal na Rua Intendente Azevedo, em frente ao n.º 825, por parte do DMAE; 01 Pedido de Informações, acerca dos Atos n.ºs 120 e 121, de setembro do corrente ano; 01 Indicação, sugerindo ao Sr. Governador do Estado que, através da CEEE, sejam substituídos dois postes de energia, inteiramente corroídos pela ferrugem, na Av. Borges de Medeiros: um na esquina com a Rua Jerônimo Coelho (direção Centro/bairro) e outro em frente ao n.º 1029; pelo Ver. Ennio Terra, 01 Pedido de Providências, solicitando colocação de suporte e luminária na Rua Ceres, em frente ao n.º 271; pelo Ver. Flávio Coulon, 01 Pedido de Informações, acerca do estacionamento exclusivo para caminhonetes na Av. General Emílio Lúcio Esteves, em frente aos prédios n.ºs 47, 50, 52 e 56; pelo Ver. Hermes Dutra, 03 Pedidos de Informações, acerca das faltas de água que seguidamente sofre a Rua Dr. Mário Totta, a partir do n.º 800; acerca do plantão do dia dezoito do corrente na sala 2 do Pronto Socorro; acerca do prédio da Rua dos Andradas, 1001; pelo Vereador Nereu D’Ávila, 01 Emenda ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo n.º 14/88 (proc. 1916/88), que dá nova redação ao art. 174 da Lei Complementar n.º 133, de 31 de dezembro de 1985; pelo Ver. Rafael Santos, 01 Pedido de Providências, solicitando colocação de uma luminária na Rua 19 de Fevereiro, esquina 6 de Novembro; pelo Ver. Raul Casa, 01 Projeto de Resolução n.º 49/88 (proc. n.º 2073/88), que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao Sr. Victor José Faccioni; 01 Projeto de Lei do Legislativo n.º 160/88 (proc. n.º 2072/88), que denomina Praça Coronel Elpidio Martins um logradouro público. Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios n.ºs 555; 562/88, do Sr. Prefeito Municipal; 876/88, da Câmara Municipal de Londrina, PR; s/nº, do Sr. Theobaldo Neumann; do Centro de Tradições Gaúchas Porteira do Rio Grande, Vacaria. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal do Ver. Jorge Goularte, solicitando a inversão da ordem dos trabalhos, passando-se ao período de PAUTA. Em Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo n.ºs 129; 130; 131; 145; 157; 156/88; em 2ª Sessão, Projetos de Lei do Executivo n.ºs 33; 87; 88; 98; 90; 91/88; Projetos de Lei do Legislativo n.ºs 128; 152; 153; 154/88; Projetos de Resolução n.ºs 45; 47/88; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo n.ºs 148; 151/88. A seguir, constatada a existência de “quorum”, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Após, foram votadas em bloco e aprovadas as Redações Finais dos Projetos de Lei do Executivo n.ºs 43: 50; 68; 60; 62; 64; 65/88; aos Projetos de Resolução n.ºs 13; 27; 30/88; aos Projetos de Lei do Legislativo n.ºs 79; 86; 90; 98; 100; 105; 106; 111; 112; 61; 103/88. As Redações Finais acima referidas foram votadas em bloco a Requerimento verbal, aprovado, do Ver. Antonio Hohlfeldt. Em Discussão Geral e Votação Nominal foi aceito o Veto Parcial aposto ao Projeto de Lei do Executivo n.º 47/88, no que esse refere ao art. 4, por quatorze votos SIM contra nove votos NÃO e no que se refere às expressões “Distrito Industrial da Restinga (Emenda de Líder n.º 02) e “nas Vilas Mato Sampaio, Divinéia e Pinto” (Emenda 05), por dez votos SIM contra dez votos NÃO. Em Discussão Geral e Votação Secreta esteve o Projeto de Lei do Legislativo n.º 102/88 que, a Requerimento, aprovado, do Ver. Antonio Hohlfeldt, teve adiada a sua discussão e votação por uma Sessão. Em Discussão Geral e Votação foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo n.º 148/85, discutido pelo Ver. Nereu D’Ávila; os Projetos de Resolução n.ºs 40; 43; 38; 39/88. Após, foram aprovados os seguintes Requerimentos, solicitando dispensas de distribuições em avulsos e interstícios para suas Redações Finais, considerando-as aprovadas nesta data: do Ver. Jaques Machado, com relação ao Projeto de Resolução n.º 38/88; do Ver. Hermes Dutra, com relação aos Projetos de Resolução n.ºs 39; 40; 43/88; do Ver. Valdir Fraga, com relação ao Projeto de Lei do Legislativo n.º 148/88. Ainda, foram aprovados os seguintes Requerimentos: do Ver. Adão Eliseu, solicitando que o Projeto de Lei do Executivo n.º 86/88 seja submetido à reunião conjunta das Comissões de Justiça e Redação, de Finanças e Orçamento, de Urbanização, Transportes e Habitação, de Educação e Cultura, de Economia e Defesa do Consumidor e de Saúde e Meio Ambiente; do Ver. Aranha Filho, de Votos de Congratulações com Sérgio Gischkow Pereira; com Vanir Perin; com Moacir Danilo Rodrigues, por suas posses nos cargos de Juiz de Alçada do Rio Grande do Sul; com os Supermercados Zaffari, pela inauguração do Hiper Zaffari Ipiranga; do Ver. Artur Zanella, de Votos de Congratulações com o Prof. Elvo Clemente, por ter recebido o Prêmio Ilha de Laytano; com o Ministro Barata e Silva, por ter recebido a Grande Medalha da Inconfidência; do Ver. Frederico Barbosa, de Voto de Pesar pelo falecimento de Günther Berwanger; do Ver. Hermes Dutra, de Votos de Congratulações com Marta Tolentino, por ter assumido a Unidade de Assessoramento ao Escotismo da Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul; do Ver Mano José, de Votos de Pesar pelo falecimento do Sr. Antônio José da Rosa; do Ver. Rafael Santos, de Voto de Congratulações com a Sociedade Amigos do Jardim Itu, SAJI, pela passagem de seu aniversário. Durante a Ordem do Dia, foram apregoadas as seguintes Emendas ao Projeto de Lei do Executivo n.º 92/88 (proc. n.º 2038), que estabelece o Plano Classificado de Cargos dos funcionários do Departamento Municipal de Águas e Esgotos, dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências: de n.º 02, de autoria do Ver. Werner Becker; de n.º 03, de autoria do Ver. Clóvis Brum; de n.º 04, de autoria do Ver. Hermes Dutra; de n.º 05, de autoria do Ver. Raul Casa; de n.ºs 06, 07, 08, 09, 10, 11, 12, 13 e 14, de autoria do Ver. Flávio Coulon. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Ver. Hermes Dutra discorreu acerca do fim dos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte, analisando alguns aspectos dos mesmos, como as votações da Licença Paternidade, da retomada de poderes pelos Legislativos Municipais, do aumento de recursos tributários que deverão permanecer nos Municípios brasileiros e a existência de um Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano para cidades com mais de dez mil habitantes. Declarou ser favorável à aprovação, pela Casa, do Projeto de Lei do Executivo n.º 92/88, em tramitação na Casa. O Ver. Flávio Coulon disse que o Estado atualmente vem recuperando seu potencial cultural. Congratulou-se com os Professores Jorge Appel e Joaquim Felizardo, Secretários Estadual e Municipal da Cultura, pelo trabalho que vem sendo realizado por S.Sas., destacando a reabertura do Teatro de Arena e do Salão de Atos da UFRGS. Registrou a posse, na Secretaria de Educação do Estado, do Prof. Ruy Carlos Ostermann, tecendo comentários acerca da atuação do Prof. Bernardo de Souza no período em que ele se encontrava à frente daquela Secretaria. Durante os trabalhos, o Sr. Presidente respondeu Questões de Ordem dos Vereadores Werner Becker e Flávio Coulon, acerca das Emendas a serem apostadas ao Projeto de Lei do Executivo n.º 92/88. Às dezesseis horas e oito minutos, por solicitação do Ver. Jorge Goularte, foi efetuada nova verificação de “quorum”, registrando-se as presenças dos Vereadores Caio Lustosa, Flávio Coulon, Gladis Mantelli, Jorge Goularte, Mano José e Teresinha Irigaray. Constatada a inexistência de “quorum”, a Srª Presidente levantou os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Brochado da Rocha, Artur Zanella e Gladis Mantelli e secretariados pelo Ver. Mano José. Do que eu, Mano José, 2º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores Presidente e 1ª Secretária.

 

 

O SR. WERNER BECKER (Questão de Ordem): Na qualidade de relator designado do Plano de Carreira do DMAE, queria informar a esta Casa que eu pretendo concluir, dentro de pouco tempo, o parecer ao Projeto e às Emendas. Portanto, solicitaria que as Emendas fossem entregues à Mesa até às 15 horas de hoje para que eu pudesse dar o respectivo parecer imediatamente. A Presidência informa que pretende fazer a reunião conjunta das Comissões para examinar o Projeto e as Emendas.

É esta a solicitação que eu faria.

 

O SR. PRESIDENTE: As Emendas entrarão posteriormente, como de Liderança.

 

O SR. JORGE GOULARTE: Para um Requerimento, Sr. Presidente. (Assentimento do Sr. Presidente.) Requeiro a inversão da ordem dos trabalhos para que passemos à Ordem do Dia.

 

O SR. PRESIDENTE: V. Exa. solicita que se coloque em primeiro lugar a Pauta e, depois, a Ordem do Dia?

 

O SR. JORGE GOULARTE: Pauta e Ordem do Dia.

 

O SR. FLÁVIO COULON: Para informar ao Sr. Relator do Plano, comunico que entreguei as Emendas de minha autoria já para a Ordem do Dia, na Comissão de Justiça.

 

O SR. WERNER BECKER: Sr. Presidente, solicitaria que indagasse ao Ver. Flávio Coulon por que na Comissão de Justiça.

 

O SR. FLÁVIO COULON: Questão de preferência.

 

O SR. WERNER BECKER: É que a preferência poderia ser em nível de posto de saúde, poderia ser à Mesa.

 

O SR. PRESIDENTE: Após concluído o relatório, o mesmo será trazido ao Plenário. As emendas apresentadas posteriormente entrarão como Emendas de Liderança. Pede-se aos Senhores Vereadores que mandem para o Setor de Comissões, genericamente, as Emendas que entenderem pertinentes.

Em votação o requerido pelo Ver. Jorge Goularte para que se coloque em primeiro lugar a Pauta e, posteriormente, a Ordem do Dia. (Pausa.) APROVADO.

Passamos, agora, para a

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

1ª SESSÃO

 

PROC. 1672/88 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 129/88, do Ver. Antonio Hohlfeldt, que modifica a Lei n.º 5.891, de 11 de maio de 1987, e dá outras providências.

 

PROC. 1673/88 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 130/88, do Ver. Antonio Hohlfeldt, que extingue as atuais permissões de transporte coletivo.

 

PROC. 1674/88 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 131/88, do Ver. Antonio Hohlfeldt, que institui ficha de controle de passageiros do transporte coletivo de Porto Alegre.

 

PROC. 1943/88 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 145/88, do Ver. Luiz Braz, que institui, na Rede de Ensino Municipal de 1º Grau, a disciplina “Folclore Gaúcho”.

 

PROC. 2034/88 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 157/88, do Ver. Jaques Machado, que denomina Rua João Krolikowski um logradouro público.

 

PROC. 2026/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 156/88, do Ver. Artur Zanella, que denomina Rua Comendador Alvaro Guaspari um logradouro público.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. 1096/88 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 33/88, que suprime a reserva de área verde e autoriza o Executivo a permutar imóvel de propriedade do Município de Porto Alegre com outro de propriedade da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.

 

PROC. 1671/88 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 128/88, do Ver. Antonio Hohlfeldt, que cria o Sistema de Serviços de Transporte Coletivo de Passageiros de Porto Alegre e dá outras providências.

 

PROC. 1869/88 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 45/88, do Ver. Artur Zanella, que cria o Serviço Social na Câmara Municipal de Porto Alegre.

 

PROC. 1973/88 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 152/88, do Ver. Jaques Machado, que denomina Rua Humberto Albino Bianchi um logradouro público.

 

PROC. 2015/88 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 87/88, que declara de utilidade pública a Associação Beneficente do Centro Infantil Érico Veríssimo.

 

PROC. 2016/88 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 88/88, que declara de utilidade pública a Sociedade Educacional Sul-Rio-Grandense.

 

PROC. 2017/88 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 98/88, que declara de utilidade pública a Casa São Vicente de Paulo.

 

PROC. 2018/88 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 90/88, que altera dispositivos da Lei n.º 6.095, de 20 de janeiro de 1988, que concede vales-refeição a funcionário ativo e servidor celetista e dá outras providências.

 

PROC. 2019/88 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 91/88, que declara de utilidade pública o Clube de Mães Santa Bárbara.

 

PROC. 1978/88 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 153/88, do Ver. Artur Zanella, que denomina Rua Luiz Carlos Pinheiro Cabral um logradouro público.

 

PROC. 1972/88 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 47/88, da Ver.ª Teresinha Irigaray, que denomina Largo Dr. Alpheu Barcellos a área de uso especial circundante à sede da Câmara Municipal de Porto Alegre.

 

PROC. 2003/88 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 154/88, do Ver. Frederico Barbosa, que denomina Rua Padre Paulo Englert um logradouro público.

 

3ª SESSÃO

 

PROC. 1939/88 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 148/88, do Ver. Artur Zanella, que cria a Linha de Ônibus Urbana Restinga-Partenon-Centro, via Lomba do Pinheiro.

 

PROC. 1968/88 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 151/88, do Ver. Mano José, que denomina Rua Orestes Piantá um logradouro público.

 

O SR. PRESIDENTE: Como não há oradores inscritos para discutir a Pauta, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

VOTAÇÃO

 

PROC. 1359/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 43/88, que declara de utilidade pública a Fundação Riograndense Universitária de Gastroenterologia.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1427/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 50/88, que declara de utilidade pública a Ação Social Dom Orione.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1529/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 68/88, que declara de utilidade pública a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul - FAMURS.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1242/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 13/88, do Ver. Hermes Dutra, que concede o título honorífico de Cidadã Emérita à Senhora Norma Medeiros.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1347/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 27/88, do Ver. Raul Casa, que concede o título honorífico de Honra ao Mérito Atlético aos atletas profissionais do Grêmio Foot Ball Porto Alegrense pela conquista do Tetracampeonato de Futebol do Rio Grande do Sul.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1382/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 30/88, do Ver. Luiz Braz, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao Senhor Orlando Mussoi.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1020/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 79/88, do Ver. Adão Eliseu, que cria o Festival Porto-alegrense da Canção Gaúcha.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1117/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 86/88, do Ver. Antonio Hohlfeldt, que denomina Rua Fernando Corona um logradouro público.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1162/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 90/88, da Ver.ª Jussara Cony, que denomina Acesso Julio Cesar de Melo Pinto um logradouro público.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1243/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 98/88, do Ver. Nilton Comin, que declara de utilidade pública a Sociedade Legião Espírita.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1307/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 100/88, do Ver. Nilton Comin, que denomina Rua Dr. Vespasiano Faustino Correa um logradouro público.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1369/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 105/88, do Ver. Hermes Dutra, que denomina Rua Milton Clarel de Azevedo um logradouro público.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1370/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 106/88, do Ver. Hermes Dutra, que denomina Rua Gilson Soares Cardias um logradouro público.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1395/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 111/88, do Ver. Hermes Dutra, que denomina Rua Normelina Lemes Muniz um logradouro público.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1396/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 112/88, do Ver. Hermes Dutra, que denomina Rua Marco Antonio dos Santos Rosa um logradouro público.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 0888/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 061/88, do Ver. Jaques Machado, que denomina Rua Padre Ignacio Rafael Valle um logradouro público.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1362/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 103/88, do Ver. Nilton Comin, que denomina Rua Pedro Anselmo Soster um logradouro público.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1491/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 060/88, que denomina Rua José Roberto Fernandes um logradouro irregular.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1493/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 062/88, que denomina Rua Euclides de Almeida um logradouro irregular.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1496/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 065/88, que denomina Rua Orália Rodrigues Dutra um logradouro irregular.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

PROC. 1495/88 - REDAÇÃO FINAL ao PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 064/88, que denomina Rua Antônio João Brugnera um logradouro irregular.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

PROC. 1406/88 – VETO PARCIAL ao PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 047/88, que estabelece o Programa Plurianual de Investimentos e o Plano Anual de Aplicação relativos aos recursos do Fundo Municipal para o Desenvolvimento Urbano e dá outras providências.

 

Pareceres:

- da CJR. Relator Ver. Flávio Coulon: pela aceitação dos dois Vetos em discussão;

- da CFO. Relator Ver. Ennio Terra: pela aceitação do Veto Parcial;

- da CUTHAB. Sem parecer;

- da CEC. Sem parecer;

- da CEDECON. Sem parecer;

- da COSMAM. Sem parecer.

 

O SR. CAIO LUSTOSA (Questão de Ordem): A votação foi mal encaminhada, e só agora me apercebi disso.

 

O SR. PRESIDENTE: O que foi mal encaminhado?

 

O SR. CAIO LUSTOSA: A votação, porque, segundo o Parecer que tenho aqui, do Ver. Coulon, ele é pela rejeição ao Veto ao art. 4º, e pelo acolhimento de dois Vetos finais.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa apregoou o Projeto e declarou que é um Veto Parcial, primeiro, agora a Mesa pediria que V. Exa. esclarecesse a questão.

 

O SR. CAIO LUSTOSA: É que no Parecer do Ver. Coulon, ele manifesta que deva ser rejeitado o Veto ao art. 4º e, no final, ele é pela aceitação de dois Vetos em discussão, e acho que existe uma contradição.

 

O SR. PRESIDENTE: Ver. Caio Lustosa, há um pedido de destaque para o art. 4º do Projeto e que foi vetado, e que a Mesa deferiu, portanto o art. 4º será votado em separado.

Solicito ao Sr. Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação do art. 4º.

 

O SR. SECRETÁRIO: (Procede à chamada nominal dos Srs. Vereadores e colhe os votos.) Sr. Presidente, 14 Srs. Vereadores votaram SIM e 09 votaram NÃO.

 

O SR. PRESIDENTE: REJEITADO o art. 4º. Mantido o Veto.

 

(Votaram SIM os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Aranha Filho, Bernadete Vidal, Caio Lustosa, Clóvis Brum, Flávio Coulon, Frederico Barbosa, Gladis Mantelli, Hermes Dutra, Ignácio Neis, Jorge Goularte, Mano José, Rafael Santos e Raul Casa. Votaram NÃO os Vereadores: Adão Eliseu, Brochado da Rocha, Cleom Guatimozim, Ennio Terra, Nereu D’Ávila, Paulo Sant’Ana, Teresinha Irigaray, Valdir Fraga e Wilton Araújo.)

 

O SR. PRESIDENTE: Informamos ao Plenário que serão votadas as seguintes expressões vetadas no Projeto: “Distrito Industrial da Restinga” e “nas Vilas Mato Sampaio, Divinéia e Pinto”.

Solicito ao Sr. Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.

 

O SR. SECRETÁRIO: (Procede à chamada nominal dos Srs. Vereadores e colhe os votos.) Sr. Presidente, 10 Srs. Vereadores votaram SIM e 10 votaram NÃO.

 

O SR. PRESIDENTE: REJEITADAS as expressões. Mantido o Veto.

 

(Votaram SIM os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Aranha Filho, Caio Lustosa, Gladis Mantelli, Hermes Dutra, Jorge Goularte, Jussara Cony, Mano José, Raul Casa e Rafael Santos. Votaram NÃO os Vereadores: Adão Eliseu, Brochado da Rocha, Cleom Guatimozim, Ennio Terra, Flávio Coulon, Nereu D’Ávila, Paulo Sant’Ana, Teresinha Irigaray, Valdir Fraga e Wilton Araújo.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO SECRETA

 

PROC. 1356/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 102/88, do Ver. Antonio Hohlfeldt, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Jornalista Paulo Fontoura Gastal.

 

Pareceres:

- da CJR. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação;

- da CEC. Relatora Ver.ª Bernadete Vidal: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação Requerimento de autoria do Ver. Antonio Hohlfeldt, solicitando o adiamento da discussão e da votação do PLL nº 102/88 por uma Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2743/85 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 148/85, do Ver. Valdir Fraga, que denomina Rua Breno Rosa uma via pública.

 

Pareceres:

- da CJR. Relator Ver. Cleom Guatimozim: pela aprovação;

- da CUTHAB. Relator Ver. Nei Lima: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 148/85. Com a palavra o Ver. Nereu D’Ávila.

 

O SR. NEREU D’ÁVILA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Em boa hora, o Ver. Valdir Fraga concede o nome do grande companheiro e amigo Breno Rosa para um logradouro público. Na justificativa do Projeto, o Ver. Valdir Fraga diz da vida, principalmente no setor esportivo – e eu ressaltaria, também, na vida familiar, dado que é uma família muito grande - de Breno Rosa, atuando principalmente nos bairros Cavalhada e Madepinho. Deste modo, ao ensejo da votação deste logradouro, tendo eu, inclusive, relações de profunda amizade como algumas de suas irmãs, me sentiria, até, frustrado se não viesse dar força e, inclusive, elogios ao Ver. Valdir Fraga pela feliz e oportuna idéia que teve de lembrar, para todo o sempre, o nome de Breno Rosa, que ficou inscrito no coração de seus amigos, e agora fica chancelado para os pósteros que, ao lerem seu nome num logradouro, lembrar-se-ão de que ele foi uma pessoa que soube fazer amigos e que continuará sendo lembrado, porque aqueles que fazem amigos, enquanto seus amigos viverem, ele também reviverá nos seus corações.

Portanto, no momento em que se vota esta proposição, nós, saudosos daquela pessoa, outorgamos, também, o nosso preito de saudade, porque nunca é demais lembrar pessoas que, ao passarem por este mundo terrestre, conquistaram amigos, conquistaram o respeito de seus semelhantes e o carinho fraterno de todos aqueles que convivem com aquela pessoa. Breno Rosa foi um desses e constitui-se para nós, desta Câmara, um momento de rara felicidade quando o Ver. Valdir Fraga, em nome de todos nós, lembra, para sempre, o nome de Breno Rosa. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Requerimento de autoria do Ver. Valdir Fraga, solicitando seja o PLL 148/88 dispensado de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa informa que recebeu Emendas dos Vereadores Werner Becker, Clóvis Brum, Hermes Dutra, Raul Casa e Flávio Coulon ao Projeto de Lei do Executivo n.° 92/88, que estabelece o Plano Classificado de Cargos dos funcionários do DMAE, dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências, e chama a atenção que, a partir deste momento, todas as Emendas que aqui advirem serão enviadas para o Plenário e entrarão como Emendas de Líderes, por ocasião da Discussão Geral do Projeto.

 

O SR. HERMES DUTRA (Questão de Ordem): Não quero que V. Exa. incorra num erro regimental. A Emenda de Líder só pode ser apresentada durante o período de discussão da matéria.

 

O SR. PRESIDENTE: Não, V. Exa. não percebeu. A Mesa está apregoando todas as Emendas referentes ao Projeto de Reclassificação do DMAE. A partir deste momento, lidas todas as Emendas, as demais entrarão no período de Discussão, ou seja, como Emendas de Líderes. Os Líderes farão as Emendas; se não, não se fecha nunca o relatório.

 

O SR. ARANHA FILHO: V. Exa. está encerrando o prazo para Emendas?

 

O SR. PRESIDENTE: Não. Não estou encerrando o prazo. Estou determinando o prazo.

 

O SR. FLÁVIO COULON: Sr. Presidente, só não entendi por que nós interrompemos a votação para serem apregoadas essas Emendas.

 

O SR. PRESIDENTE: Sr. Vereador, a Mesa tem de conduzir os trabalhos no sentido de oferecer um relatório. Para isso, precisa passar pela Mesa, para leitura dos documentos. V. Exa., há pouco, entregou para a Mesa. A Mesa quer dar regimentalidade, é esse o intuito. Talvez não esteja perfeitamente correto, mas atende aos interesses da Casa.

 

O SR. ARANHA FILHO: V. Exa. determinou o encerramento?

 

O SR. PRESIDENTE: Vereador, em certo momento tem que ser determinado o encerramento. Quer dizer, determina-se o encerramento das entradas de Emendas. As outras entrarão via Liderança, no período de Discussão. Aí, os Senhores Líderes poderão encaminhar quantas Emendas quiserem. A Mesa apregoa o próximo Projeto.

 

PROC. 1714/88 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 40/88, do Ver. Hermes Dutra, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao Senhor Felix Peter.

 

Pareceres:

- da CJR. Relator Ver. Ignácio Neis: pela aprovação;

- da CEC. Relator Ver. Mano José: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PR n.° 40/88 (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Requerimento de autoria do Ver. Hermes Dutra, solicitando seja o PR 040/88 dispensado de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

PROC. 1776/88 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 43/88, do Ver. Hermes Dutra, que concede o Prêmio Literário “Érico Veríssimo” ao escritor Zeno Cardoso Nunes.

 

Pareceres:

- da CJR. Relator Ver. Ignácio Neis: pela aprovação;

- da CEC. Relator Ver. Adão Eliseu: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PR n.° 43/88 (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Requerimento de autoria do Ver. Hermes Dutra, solicitando seja o PR 043/88 dispensado de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

PROC. 1616/88 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 38/88, do Ver. Jaques Machado, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao Senhor Oscar Basségio.

 

Pareceres:

- da CJR. Relator Ver. Ignácio Neis: pela aprovação;

- da CEC. Relatora Ver.ª Gladis Mantelli: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PR n.° 38/88 (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Requerimento de autoria do Ver. Jaques Machado, solicitando seja o PR 038/88 dispensado de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

PROC. 1713/88 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 39/88, do Ver. Hermes Dutra, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao Senhor Derbi Bordin.

 

Pareceres:

- da CJR. Relator Ver. Ignácio Neis: pela aprovação;

- da CEC. Relator Ver. Adão Eliseu: pela aprovação.

 

A SRA. PRESIDENTE (Gladis Mantelli): Em discussão. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação o PR n.° 39/88. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Requerimento de autoria do Ver. Hermes Dutra, solicitando seja o PR 039/88 dispensado de distribuição em avulsos e interstício para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

(Obs.: Foram aprovados os demais Requerimentos constantes na Ata.)

 

Encerrada a Ordem do Dia, passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

Com a palavra o Ver. Hermes Dutra.

 

O SR. HERMES DUTRA: Sra. Presidente e Srs. Vereadores, já há mais tempo, eu queria fazer alguns comentários sobre a aprovação na nova Constituição e, como faz exatamente um mês que o Grande Expediente vem sendo postergado, só hoje tenho esta oportunidade. O processo constitucional por que passou o Brasil eu acho que deve servir de motivo para que possamos tirar algumas lições em relação ao que aconteceu. Em primeiro lugar, acho que algumas questões aprovadas na Constituinte mostraram como o legislador está fora da realidade, do dia-a-dia da vida do brasileiro. Vou me fixar numa questão chamada licença paternidade: o Deputado Alceny Guerra, médico brilhante do Paraná, e num discurso patético no dia da votação, contando a sua experiência pessoal, quando teve de abandonar a Constituinte para acompanhar a esposa no hospital, justificava, com isso, que o trabalhador deveria ficar 7 ou 8 dias, sem trabalhar, para dar assistência à sua família, o que acabou sendo aprovado. Ora, sabemos que 98% dos trabalhadores brasileiros, a mulher ganha seus filhos no leito da previdência, na enfermaria, porque não há mais nem quarto semiprivado, e o que o trabalhador precisa, nessa hora, não é de dispensa para ficar em casa; o que ele precisa, nessa hora, é de um recurso a mais para poder pagar as despesas do parto de sua companheira, pois é um monte de despesa, mamadeiras, fraldas, etc. Mas, não, os Constituintes entenderam de lhe dar uma licença, vão ficar 5 dias em casa, sem fazer nada, acompanhando a esposa, porque no hospital ele nem pode ficar, porque é quarto previdenciário; agora, o de classe média, o que pode pagar quarto para a sua mulher, apartamento, este, sim, vai sair tranqüilo, faceiro da vida, 5 dias sem trabalhar, e vai ficar no hospital, num belo apartamento, com ar condicionado. Então, o que deveriam ter feito era dar uma gratificação equivalente a 8 dias de trabalho, para o trabalhador receber quando sua companheira ganhar os filhos, e ele, com esse dinheiro, poderia suprir, pelo menos em parte, aquelas necessidades que o parto traz, mas, infelizmente, no País, a legislação é feita distante da realidade. Os Constituintes não se deram conta de que o povo brasileiro, a esposa da maioria dos brasileiros não ganha filho como a esposa do deputado, principalmente do autor da proposição. Esses dias veio uma senhora em meu gabinete, morava na Restinga, com 4 filhos, e grávida de mais um outro, e eu lhe perguntava quando é que ia nascer a criança; ela disse que ia nascer no mês de outubro; e eu lhe dizia para que torcesse que nascesse depois da promulgação da Constituição porque aí o marido dela teria direito a 8 dias em casa, gratuitamente. Aí ela fez uma expressão, torcendo o nariz e disse: Ah, Vereador, aí fica em casa fumando, bebendo e me incomodando.

A realidade do povo brasileiro, de quem vive, de quem vai na casa do pobre é uma. E a realidade de quem legisla é outra. Então, não se pode legislar diferente da realidade da expressiva maioria da população.

Então, o que tinha de ser dado era uma gratificação no valor de 8, 10, 15 dias, quem sabe. Até um mês de salário, talvez não, porque isto ia funcionar como auxiliar na máquina de fazer filhos para aumentar cada vez mais o número de habitantes deste País, mas dar uma gratificação para que o pobre pudesse comprar uma mamadeira decente para o filho, ir no bar comprar uma lata de Neston. Um leite melhor para alimentar a criança nos primeiros dias de nascimento.

A Constituinte foi pródiga e aí eu me parabenizo com os Constituintes em relação a dois aspectos fundamentais e que dizem interesse diretamente ao Município, e que vai exigir da própria composição da Câmara de Vereadores uma atenção muito grande para este aspecto, porque o Poder Executivo Municipal não terá mais os poderes que tem hoje, serão diminuídos, e o Poder Legislativo terá mais força, poderá fazer mais e acho que o grande desafio que nós vamos enfrentar, e não sei se voltarei para cá, mas os que voltarem, será exatamente gerenciar esta fatia de poderes que o Legislativo está retomando. Isto me parece ser o ponto crucial para a vida política da Nação, porque ou nós nos conscientizamos de que este poder que estamos a adquirir seja usado de forma eficiente para o serviço público e para a Administração da Cidade, ou nós vamos cair de vez no descrédito da população. As duas partes a que me referi, que afetam, de uma forma positiva, diretamente, ao Município, uma é em relação aos recursos. O Município vai ter um substancial aumento de recursos. Não talvez no volume que se esperaria, mas uma apreciável quantia será injetada nos cofres do Município, já a partir do ano que vem. E em Porto Alegre, pelo cálculo que fiz, vai receber algo em torno de 3 bilhões de cruzados, em dinheiro de hoje. Aí se faz a primeira pergunta: qual a destinação que será dada a esse volume expressivo de recursos com os quais o Município não contava? Este é o primeiro desafio com que a nova administração municipal e nós - desde que vamos influir, porque é na elaboração do orçamento deste ano - vamos enfrentar. E teremos de saber enfrentá-lo com segurança e eficiência para que esta Cidade seja melhor gerenciada. A outra questão que diz diretamente sobre os Municípios é que finalmente está na Constituição o problema do imposto progressivo, porque há uma corrente de pensamento do Direito Tributário que entende ser de difícil aplicação por ser inconstitucional. De maneira, colocada na Constituição, saíram todas as dúvidas. A partir daí, todo especulador imobiliário que tiver terreno e não construir poderá sofrer o imposto progressivo. Quero ser o primeiro, na elaboração deste ano, do orçamento e do IPTU para o próximo ano a apresentar uma emenda já aplicando a progressividade bastante expressiva. Porto Alegre é uma capital que tem a questão da propriedade muito distorcida. Temos aproximadamente a metade da área urbana de Porto Alegre vazia. Desta metade, a metade está nas mãos de 16 proprietários. 16 pessoas em Porto Alegre possuem a metade do chamado vazio urbano da Cidade. Não sou contra, quisera eu também possuir. Mas, ao lado do direito de possuí-lo, está a questão do imposto. Não se pode aceitar e admitir que uma pessoa, só por ter recursos, adquira uma área grande e a deixe valorizando sem construir enquanto o custo da habitação sobe, tornando-se inacessível para a classe média, já nem falo no operário, em qualquer parte da Cidade. O coeficiente de imposto hoje para o IPTU é de 1,2 do valor venal por ano. Se nós tivermos um imposto progressivo na base de 10% do coeficiente ao ano por área não construída, ao final do próximo Governo, nós teremos duas coisas: ou os terrenos terão sido desovados e esta Cidade sofrerá uma oferta de habitação que vai baixar o preço ou os cofres do Município ficaram abarrotados de dinheiro, podendo pagar os seus funcionários, podendo ampliar os seus serviços e fazer mais por esta maltratada Cidade de Porto Alegre. A outra questão do Município, uma é a questão tributária, a outra é a questão do imposto e há uma terceira, que eu colocaria na mesma ordem de importância, mas que de qualquer forma influi não na vida de Porto Alegre, mas influi na vida das cidades do País, que é uma obrigação de toda a cidade com mais de 10 mil habitantes possuir um Plano Diretor. Isso vai fazer com que as cidades se organizem, e nós não tenhamos mais estes amontoados urbanos que nós acostumamos a chamar de cidade.

Quero também me referir, Sr.ª Presidente e Srs. Vereadores, à questão da reforma agrária que foi e está sendo malhada. Em primeiro lugar, contra o meu voto, pois fui voto vencido na reunião de Lideranças, nós passamos um telex para a Constituinte, dizendo da soberania da Constituinte decidir. Eu alertava, quando se dá carta branca, depois não se pode reclamar depois. Fui voto vencido, o telex foi passado, em nome de todos os Vereadores da Casa, e depois se começou a rechaçar algumas atitudes da Constituinte. Acho que se pode discordar, mas não se pode atacá-las. Está na Constituição, se é o que eu penso ou não, não interessa, tem que ser acatada. E, quanto ao problema da reforma agrária, eu acho que se ficou perdendo um tempo enorme na discussão se desapropria ou não terra produtiva e se perdeu uma oportunidade maior que era a de forçar, através do mecanismo do imposto, aí sim, inserido na Constituição, a redistribuição da terra, porque, se o Imposto Territorial Rural - o ITR - fosse aplicado como deveria ser, os chamados latifúndios, as grandes propriedades que não são produtivas, que não produzem nada, se tornariam problemas para quem as possui. E as pessoas ou vão produzir ou terminarão vendendo, para que outros nela produzissem. E os Constituintes perderam uma oportunidade de colocar isto. Eu lamento, mas acato a decisão que os Constituintes tomaram em relação ao problema da reforma agrária.

Eu havia selecionado, Sra. Presidente, dezesseis itens da Constituinte sobre os quais eu queria falar - vou-me limitar, hoje, nestes três, e noutra oportunidade vou continuar analisando este aspecto. Mas quero aproveitar, porque vejo alguns funcionários do DMAE aqui, para, mais uma vez, falar sobre o Projeto. Já estou ficando cansado disto. Hoje pela manhã, houve uma solenidade na Prefeitura, e o Ver. Cleom Guatimozim, que é muito meu amigo, e mais dois funcionários do DMAE, que são meus conhecidos - um deles meu amigo de muitos anos -, vieram-me falar, preocupados, porque já havia gente lá, do DMAE, dizendo, de novo, que eu iria trancar o Projeto. Confesso: não sei mais o que faço. Há alguém, lá, que é um baita de um linguarudo. É a única explicação, porque eu já disse, em seis discursos, aqui, que sou a favor do Projeto. Houve uma reunião, aqui na Presidência, onde me foi apresentado o Diretor-Geral do DMAE, três representantes de cada setor do DMAE - havia mais de 100 pessoas -, e lhes disse que não tinha nada contra o Plano, que só queria estudar o Plano. E mais: que não iria me tornar obstáculo para a urgência do Plano, porque sempre fui contra a urgência. Disse isto à Comissão que foi me visitar. E, na hora da votação, saí do Plenário, para não votar contra, me violentando. E, mesmo assim, ainda há uns aí que ficam fazendo ti-ti-ti na cabeça dos outros. Mas estas coisas não me abalam. Só quero deixar registrado nos Anais, Sra. Presidente, que, efetivamente, parece que os línguas-de-trapo que há por aí ainda continuam a insistir nesta tese, de que eu estou aqui para complicar a vida dos funcionários do DMAE. Muito pelo contrário, sou daqueles que primeiro reclamaram do Diretor do DMAE, que vim aqui para aplicar aquela maldita tabela, que ele fez, lá, e, depois, teve que voltar atrás, e que a população toda de Porto Alegre reclamou. E ele vir aqui para mandar contra os meus projetos?! Ele queria derrubar aquela tabela, e eu dizia que, ao invés de ele vir aqui mandar contra os meus projetos, que ele deveria trazer um plano de carreira para os funcionários do DMAE. Isto, há 4 ou 5 meses atrás, muito antes de pensar em Plano de Carreira. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Flávio Coulon.

 

O SR. FLÁVIO COULON: Sra. Presidente e Srs. Vereadores. Subo a esta tribuna, hoje, para traçar o rápido panorama de um quadro alentador. Na verdade, diria que venho até aqui para, em pinceladas talvez superficiais, registrar a recuperação do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre em um terreno onde já fomos dominantes, mas que os últimos anos do regime ditatorial haviam conduzido ao esvaziamento. Falo do contexto cultural.

Talvez, no atropelo destes dias de campanha, frente à aproximação de eleições cujos votos serão disputados no corpo a corpo, alguns dos nobres Vereadores não tenham percebido a importância do que está acontecendo. Eu mesmo reconheço, estava um pouco alheio a isto, até que o recebimento regular dos fascículos da série “Autores Gaúchos”, do Instituto Estadual do Livro, me chamou a atenção para que algo de diferente estava acontecendo. Por uma questão de justiça, é preciso recordar que esta série foi criada em 1984, ainda durante o governo Jair Soares, quando era Diretor do IEL o escritor Luiz Antônio Assis Brasil. Mas, durante três anos, foram publicados 13 fascículos. Agora, apenas em 88, já saíram outros cinco, estando a publicação no ritmo de um lançamento a cada mês. E não se vá dizer que o mérito da mudança é de uma nova equipe, pois a coleção, desde o primeiro exemplar, vem tendo a excelente edição de Vera Regina Morganti.

O que mudou, na verdade, foi o contexto. Parece que Porto Alegre e o Rio Grande voltaram-se outra vez com interesse para os fatos culturais. Parece que o Estado ganhou ânimo para retomar a tradição que já produziu nomes do porte de Érico Veríssimo, ou João Simões Lopes Netto, para não falar no eterno Mário Quintana. Observando o trabalho do professor Carlos Jorge Appel frente ao Conselho de Desenvolvimento Cultural do Estado, e tudo o que dele está resultando, podemos perceber que uma nova realidade está sendo criada. Uma realidade que tem como exemplo a materialização da Casa de Cultura Mário Quintana, dirigida por Sérgio Napp. Eu vou dizer mais: poderia até aproveitar o momento para restringir a responsabilidade por esta mudança ao governo do PMDB. Mas, por uma questão de justiça, é preciso reconhecer que não se trata apenas disto. Aí está o professor Joaquim Felizardo, frente à Secretaria Municipal da Cultura, realizando um excelente trabalho, apesar de todos os percalços que lhe são impostos por membros do próprio governo de que faz parte.

Não é, pois, de governos a responsabilidade por esta reativação cultural. Aos governos cabe, isto sim, saber acompanhar o fenômeno, incentivando a retomada dos valores culturais. Foi o que fez, aí sim, o governador Pedro Simon, ao possibilitar a reabertura do Teatro de Arena, num exemplo que se espera ver seguido pela Prefeitura de Porto Alegre e de todas as cidades do Estado.

O interesse está aí. Ao hiato causado pelo vazio da repressão, o povo gaúcho está respondendo com redobrado interesse. Publicações com a série “Autores Gaúchos”, atitudes como a reabertura do teatro da Arena, pelo Governo do Estado, ou do Salão de Atos, pela Universidade, são marcos de um caminho cuja importância será avaliada na medida em que os resultados forem se fazendo presentes. Um caminho onde está faltando maior participação da Prefeitura, viabilizada no apoio efetivo ao trabalho que o professor Felizardo tenta realizar da Secretaria Municipal da Cultura. A Cidade está esperando. Vamos esperar que o Prefeito a atenda.

 

O Sr. Caio Lustosa: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador) Ver. Flávio Coulon, nós nos congratulamos com este pronunciamento de V. Exa., que, sem dúvida alguma, reflete o que realmente está acontecendo na área cultural, tanto do Estado, como do Município. Há um esforço louvável e que se reconhece através dos trabalhos que estão sendo realizados, como na Casa Mário Quintana, no Instituto Estadual do Livro e em outros. E aqui, também, em nível de Município, nós temos que reconhecer o trabalho do Prof. Felizardo, que, aliás, tem sido de um entrosamento permanente com esta Casa. Mas eu insisto: do Professor e de sua equipe na Secretaria de Cultura, porque ele é praticamente isolado dentro da Administração Collares. Essa Administração vai ficar marcada pela triste sina de haver vetado aquele nosso Projeto, que a Câmara aprovou por unanimidade, de tombamento do patrimônio natural, cultural e histórico de Porto Alegre. Eu tenho certeza de que, na próxima Legislatura, aquele Projeto vai voltar e, se esta Casa tiver uma composição mais sensível à questão da cultura, ele deverá ser aprovado. E, em nível do Estado, eu espero que V. Exa., como integrante do Partido que está no Governo do Estado, viabilize um esforço do Governo Estadual para proceder ao tombamento e à salvaguarda do que resta em matéria de bens do patrimônio cultural. Em Santa Maria, os próprios estudantes da Universidade estão clamando pela preservação de um rico edifício dos tempos dos criadores da ferrovia daquela Cidade e assim, em inúmeras localidades do Estado, existe essa consciência já em nível da população. Então, é necessário que o Governo do estado, com os recursos, que ainda são poucos, mas que deve contribuir para aumentá-los, faça isso também em nível estadual, no aspecto do tombamento de uma forma equilibrada, como, aliás, esta Casa determinou no Projeto de Lei, que, infelizmente, o Executivo vetou.

É muito oportuno este registro de V. Exa., e eu louvo essa sua intervenção.

 

O SR. FLÁVIO COULON: Muito obrigado, Ver. Caio Lustosa, e V. Exa. me oportuniza a prosseguir no debate, porque me parece, Vereador, que nós muito em breve, acho que até, na próxima administração, vamos ter que fazer uma opção em relação à Cidade de Porto Alegre. Existem os que defendem o progresso de Porto Alegre na base de chaminés, na base de grandes distritos industriais, existe uma corrente que defende o progresso de Porto Alegre na base da prestação de serviço e de pólo cultural. Corrente essa na qual, evidentemente, me filio. Parece-me que a nossa Cidade está absolutamente vocacionada exatamente para ser o pólo cultural do sul do País. Nada contra as chaminés, mas que elas se instalem em outros locais, por uma série de razões que não cabe colocarmos aqui, pois já existem outras cidades com vocação industrial. Esta opção deverá vir em breve, a nossa Cidade deve investir em cultura, porque nós temos uma massa pensante nesta Cidade, nós temos uma massa artística nesta Cidade, nós temos uma massa cultural nesta Cidade e neste Estado, concentrada, evidentemente, na Cidade, porque para esta Capital é que convergem as melhores inteligências por uma questão até do problema educacional que está concentrado aqui em Porto Alegre. Nós temos que investir, exatamente, neste tipo de atividade e aí, me parece, que deve ser uma preocupação muito grande resgatarmos, no próximo governo, a idéia daquele seu brilhantíssimo Projeto que nós aprovamos, aqui na Câmara, e que infelizmente foi vetado pelo Sr. Prefeito. Talvez, como disse na época, o melhor Projeto apresentado nesta Legislatura, nesta Casa.

Aproveito o tempo para fazer um registro da posse na Secretaria de Educação do Estado do Prof. Rui Carlos Ostermann.

Em primeiro lugar, registrando os agradecimentos que devo ao Prof. Bernardo de Souza pelo atendimento, posso até dizer carinhoso, e altamente consideratório que me obsequiou durante o tempo em que esteve na Secretaria de Educação, ele e sua equipe. É verdade que nunca pedi absolutamente nada para ninguém. Todas as solicitações encaminhadas por mim ao Prof. Bernardo de Souza foram solicitações das comunidades que nós visitávamos, sistematicamente, às terças-feiras à noite, com o Câmara e Comunidade e aqueles que nós visitávamos, durante o dia, eram mais professores para as escolas, transformação de primeiro grau incompleto em primeiro grau completo, era transformação de primeiro grau incompleto em primeiro e mais o segundo grau, eram reformas em colégios da Capital, e assim por diante.

Acredito que o Prof. Bernardo de Souza teve uma ingrata missão que lhe foi delegada pelo Governo do Estado. E ele assumiu o ônus de cumprir à risca a missão que lhe havia sido imposta.

Podemos até divergir sobre a maneira como o Prof. Bernardo de Souza implementou as ordens recebidas do Sr. Governador. Mas, é inegável, que dentro da missão que ele recebeu, ele a cumpriu integralmente, arrastando para si as críticas que deveriam ter sido repartidas em parte com o Governo do Estado.

Mas é uma fase que passou, e assume a Secretaria de Educação o Prof. Rui Carlos Ostermann e com positivos gestos de consideração e deferência para com o CPERS, não só no seu discurso de posse referiu o seu desejo de iniciar, imediatamente, negociações com o CPERS, como escolheu para Delegada da 1ª Delegacia, e única Delegacia, uma pessoa membro do Conselho Estadual, indicada pelo CPERS, que tinha uma militância no PMDB e, ao que consta, têm militância, agora, no Partido do Ver. Caio Lustosa. E isso me parece que melhor prova da abertura da Secretaria de Educação aos anseios dos professores não pode existir.

De modo que é com esta perspectiva de diálogo com o CPERS, CPERS que precisa também superar suas dubiedades: se realmente é um Centro de Professores ou se é uma entidade sindical, dubiedade esta que tem marcado a atuação do CPERS, e que tem prejudicado o seu relacionamento com o Governo, porque ainda não definiu qual é o seu papel dentro do contexto educacional do Rio Grande do Sul.

Fica bem claro, então, Sra. Presidente, o gesto de boa vontade do Governo do Estado, e o gesto de boa vontade do Secretário de Educação e Cultura, no sentido de, através do diálogo com toda a categoria de professores, com os pais e com os alunos das escolas estaduais estabelecermos uma convivência que se reflita numa melhor condição de ensino e aprendizagem no Rio Grande do Sul; que é, exatamente, o que nós vimos procurando desde o momento em que assumimos o Governo e que, infelizmente, temos que reconhecer não conseguimos até agora. Mas esperamos que, através do Secretário Ruy Carlos Ostermann, a quem, em nome da Bancada do PMDB, saúdo neste momento, as coisas voltem àquela normalidade tão desejada pela sociedade do Rio Grande do Sul. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE: Tendo em vista que não há mais “quorum” para a continuidade dos trabalhos da presente Sessão, registrem-se as presenças dos Vereadores Caio Lustosa, Flávio Coulon, Gladis Mantelli, Jorge Goularte, Mano José e Teresinha Irigaray.

Encerram-se os trabalhos.

 

(Levanta-se a Sessão às 16h08min.)

 

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